Médica
Sou Elaine Luzia dos Santos, paranaense, filha, mulher, farmacêutica, médica, com formação básica em educação inclusiva, pós-graduanda em auditoria médica, atuante em clínica médica remota, sobrevivente de um acidente vascular cerebral, portadora de tetraparesia e afasia. Pessoa em desenvolvimento que aprende, ensina, inspira e baseia-se em experiências para viver oportunidades surgidas diariamente. Aos 21 anos me tornei farmacêutica e tive a oportunidade de dar asas a um antigo sonho; busquei aperfeiçoamento para entregar mais pessoalidade e soluções às mazelas enfrentadas pelo ser humano no decorrer da vida, voltando-me ao estudo da saúde, agora, através do curso de medicina. Assim pude aprimorar ainda mais o enfoque de ajudar as pessoas nas suas mais sensíveis vulnerabilidades.
Sobre a Coluna
Dra. Elaine Luzia
Meu propósito é contribuir para um olhar otimista frente aos acontecimentos da vida e acreditar nas possibilidades individuais pelas expectativas de cada pessoa. Acredito que não podemos fazer tudo, mas devemos fazer tudo que podemos. A evolução do nosso ser se dá pelo enfrentamento de experiências valorizando todas as oportunidades.
E-mail: draelaineluzia@gmail.com
Instagran/facebok: elaineluzia
Trombectomia Mecânica – um tratamento que já deveria ser oferecido na maioria dos hospitais públicos do país
Com o uso da tecnologia, a chance do paciente ter qualidade de vida pós AVC é 3 vezes maior.
Uma profissional ativa, cheia de vida e de planos. Mas aos 46 anos, Cris Simões viu o mundo dela desabar. Perdeu o movimento de todo o lado esquerdo do corpo. Os médicos demoraram 24 horas para acertar o diagnóstico: um AVC isquêmico.
“No caso de um AVC, minutos contam. Se tivessem me transferido para o HC ou para a Santa Casa, eu talvez tivesse uma possibilidade de não estar tão sequelada”, diz ela.
O Acidente Vascular Cerebral e o infarto são hoje as principais causas de morte no país. Somente entre janeiro e agosto de 2022, 65.614 brasileiros morreram vítimas do AVC, o que equivale a 13 morte por hora.
Mas uma nova técnica promete reduzir esse número: é a trombectomia mecânica. Com um Stent móvel, é possível retirar o coágulo que causa o AVC isquêmico.
“Um cateterismo que vai até o cérebro e abre um Stent para puxar aquele coágulo ou faz uma aspiração daquele coágulo, tem uma chance de 80% a 90% de abrir esse vaso”, como explica a presidente da Rede Brasil de AVC, a médica Sheila Cristina Martins.
O procedimento pode custar até 20 mil reais. Apenas algumas unidades do Sistema Único de Saúde oferecem o tratamento. A falta de estrutura e de médicos especializados para são as principais dificuldades enfrentadas pelo SUS.
“Eu preciso de hemodinâmica, de anestesista, de angiotomo, então a estrutura física do hospital é maior”, conta a Dra. Sheila.
A principal vantagem é que a trombetomia mecânica pode ser feita até 24 horas após o AVC e, segundo os médicos, pode aumentar em 3 vezes a chance do paciente ter uma vida normal, mesmo com pequenas sequelas. Uma notícia que traz esperança e ânimo para quem viu a vida mudar de dia para o outro.
Flavia Travassos, jornalista
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